Principais tendências de saúde corporativa para 2024

Por

Pipo Saúde

Por

Publicado em

5/2/24

2024 promete ser um ano em que a saúde corporativa ganha ainda mais foco. Isso acontece por mais consciência por parte dos colaboradores e por novas legislações. Por isso, se faz muito importante que os RHs estejam de olho no que deve ser tendência este ano.

O líder médico da Pipo, Dr. Thiago Liguori, reuniu dois especialistas em saúde ocupacional, Dra. Virginia Cornelsen e Dr. Phelipe Monteiro, para discutir quais práticas estão em alta, como começar um trabalho de saúde corporativa. 

A Pipo convidou dois especialistas, Dra. Virginia Cornelsen e Dr. Phelipe Monteiro para contribuir sobre este assunto e reuniu neste material os principais insights da discussão e desse tema tão importante. Esperamos que ele possa te ajudar a traçar objetivos claros para fazer um bom trabalho em 2024. Vamos lá?

O que podemos esperar e o que vai ser tendência de saúde corporativa em 2024?

Dois movimentos importantes ganharam espaço na vida das pessoas colaboradoras nos últimos anos: a conscientização sobre o impacto do trabalho na saúde e bem-estar e priorização da saúde pelas pessoas colaboradoras - o sentimento de “não dá para deixar para depois”. 

Esses movimentos, juntos no pós pandemia, aumentaram a procura de saúde, que bateu recorde de usuários em 2023. Podemos elencar algumas tendências para esse ano:

Foco em custos de saúde

Logo nos primeiros dias de 2024, uma das notícias que mais chamou atenção foi a de que os planos de saúde podem ficar mais caros 25%, sendo assim, é esperado que as empresas olhem muito para custo pelo alto impacto no sinistro. É preciso acompanhar e planejar ações para mitigar surpresas no fim do contrato - o que acende a necessidade de ter pessoas ou parcerias capacitadas para focar neste ponto.

Rotinas de saúde ocupacional de forma estratégica

Não é de hoje que as empresas têm o desafio de manter as rotinas de saúde ocupacional em dia. Em 2024 é esperado que as empresas comecem a olhar para este tema de forma mais estratégica e use a tecnologia a seu favor para digitalizar processos como a atualização de documentos, gestão de atestados, atendimento de questões legais e outros. 

Melhora na qualidade dos dados ocupacionais 

Estamos vivendo a era da tecnologia. A IA e o machine learning vieram para ficar e simplificar processos, inclusive na área de saúde ocupacional, principalmente quando falamos de dados. Além deles, é importante entender o compliance e a LGPD, que também representa um desafio para grande parte dos profissionais de saúde, como parte fundamental do processo de trabalhar e entender dados ocupacionais. 

Saúde mental como pauta prioritária

Nunca se falou tanto em saúde mental como agora - e esse é um assunto que veio para ficar. Além de o Brasil ser um dos países mais ansiosos do mundo historicamente, as pessoas colaboradoras têm visto neste pós pandemia a importância de olhar para a saúde mental para um cuidado de saúde integral. Por isso, as empresas devem ver essa pauta aumentando e, consequentemente, sendo mais requisitada nos pacotes de benefícios. 

“Cada empresa vai ter o seu desafio, por mais que a gente tenha um desafio de mercado, mas no geral, as empresas vão olhar muito para o custo de saúde. E isso exige que você tenha, de fato, pessoas capacitadas para olhar isso, desenhar planos de ações e trabalhar focado nessa questão.” - Dra. Virginia

Saúde ocupacional do zero

Em 2024 trabalhar a saúde ocupacional pode ser um fator decisivo para ajudar na sustentabilidade dos benefícios e da empresa. Se você chegou até aqui e ainda não faz um trabalho de saúde ocupacional ativo na sua empresa, a nossa dica é: comece, mesmo que aos poucos.

Você pode começar de várias formas, a depender do estágio de cuidado da sua empresa:

  • Entenda o momento da sua empresa
  • Uma boa gestão de saúde precisa estar alinhada ao objetivo do negócio. Quais dados você tem? Qual é o perfil populacional da empresa? Qual a principal dor que a saúde pode resolver neste contexto? 
  • Converse com a gerência e os colaboradores
  • Saúde é feita ouvindo as pontas. É preciso entender as dores das pessoas colaboradoras tanto quanto as dores da gestão para poder traçar objetivos
  • Organize os exames ocupacionais
  • Agora que você entende as principais dores é provável que você consiga priorizar por onde começar. 
  • Escolha bons fornecedores
  • Seja uma consultoria ou gestora de saúde, uma empresa de saúde ocupacional, sistema de folha ou, até mesmo, um plano de saúde, uma boa parceria vai poder te amparar e dar te dar suporte quando necessário. Vale lembrar que é preciso entender a fundo as responsabilidades de cada fornecedor para garantir um bom trabalho em conjunto
  • Se necessário, priorize
  • É bem comum e esperado que ao iniciar um trabalho de saúde ocupacional você encontre desafios que precisam ser priorizados. Nestes casos, avalie a urgência e, se necessário, foque neles. É preciso estar com a casa organizada para fazer um bom trabalho.
“Não existem soluções prontas. Talvez o que funcionou para a empresa A, que estava em pleno crescimento, não vai funcionar pra empresa B que está passando por um layoff. Ouça o colaborador na ponta, não só o diretor - é assim que a saúde é feita.” - Dr. Phelipe

A integração dos dados de saúde ocupacional 

É muito comum que as pessoas colaboradoras não enxerguem valor na saúde ocupacional ou a vejam como os exames periódicos e pontuais realizados na entrada ou saída de uma empresa. Muitas vezes essa visão é compartilhada pelas empresas mas, por existir uma legislação por trás, acabam por fazer. 

Além disso, um grande desafio segue sendo a digitalização do processo. Nos últimos anos houve uma melhora significativa do processo com o e-social e a obrigatoriedade do envio de dados para o governo, no entanto, a maioria do processo ainda é feita no papel e os dados fornecidos não são não estruturados. 

É por essa dificuldade que falta nas empresas a intencionalidade de cruzar esses dados para proporcionar um cuidado integral de saúde ao colaborador. É preciso ter uma rotina que garanta que o time de saúde possa mapear esses dados, seja por anamnese, por exemplo, para ter uma coordenação de cuidado capaz de impactar positivamente.

E esse cuidado traz valor não só para a empresa, que a longo prazo tende a ver a diminuição dos custos de saúde, mas também para a pessoa colaboradora que está bem cuidada e satisfeita com o trabalho.

“Eu lembro de uma empresa que eu trabalhei que os colaboradores ganharam tanta confiança no Time de Saúde que grande parte dos saving que nós tivemos foi por isso. Por exemplo, se um médico pediu determinada cirurgia, a pessoa colaboradora não fazia o procedimento enquanto não conversasse com o Time de Sáude e tivesse uma segunda opinião. Isso é cuidado.” - Dr. Phelipe

Saúde mental como ponto de atenção em saúde corporativa em 2024

É possível observar uma mudança de paradigmas nos últimos anos em que o RH tem tomado cada vez mais um papel protagonista no cuidado e no bem-estar das pessoas colaboradoras. Essa mudança é muito importante uma vez que a estimativa é que a cada 1 pessoa a cada 10 pessoas colaboradoras tenha ansiedade no Brasil, por isso, é importante que as empresas estejam preparadas para abordar isto.

É importante ressaltar que, recentemente, o Código Internacional de Doenças foi atualizado em 2024, após 24 anos sem mudanças, e passou a incluir questões relacionadas à burnout, sobrecarga de trabalho e esgotamento como uma doença ocupacional. 

Trabalhar saúde mental nas empresas não é uma tarefa de curto prazo, por isso, quanto antes você começar, melhor. É preciso entender a saúde mental como um trabalho, principalmente, de prevenção e como responsabilidade de toda a empresa - o profissional de saúde ou o RH não é capaz de mudar o cenário sozinho.

Quando uma palestra de saúde mental é realizada em uma empresa, por exemplo, o impacto não está só na educação das pessoas que assistiram a palestra e foram impactadas pelos dados do time de saúde. Está, também, no valor agregado de como a pessoa colaboradora entende que a empresa está trilhando um caminho para se tornar um espaço mais seguro e que a gestão está abrindo portas para o assunto. É um trabalho em equipe.

Criar uma organização de trabalho capaz de avaliar riscos e necessidades das pessoas colaboradoras, transformar a cultura em uma que, de fato, valorize o bem-estar e tornar o ambiente de trabalho um lugar seguro são pontos-chave.

Um bom primeiro passo é treinar as lideranças para que elas sejam mais empáticas e vulneráveis ou garantir que haja comunicações sobre o assunto para que as pessoas se sintam acolhidas à falar sobre isso.

“É preciso falar abertamente sobre o tema e mostrar vulnerabilidades, principalmente as lideranças. Como é que uma pessoa vai falar sobre os seus problemas e se mostrar vulnerável se a liderança é um super herói intocável que não tem fragilidades?”. - Dr. Phelipe

Gostou do conteúdo? Quer ficar por dentro do que rola no universo de saúde corporativa? Então assine a newsletter da Pipo!

Logotipo Pipo Saúde
Pipo Saúde

Conectamos a sua empresa com os melhores benefícios de saúde: Planos de saúde, odontológico e muito mais para o bem estar dos colaboradores da companhia.

Pronto para simplificar a gestão de saúde da sua empresa?

Comece agora uma nova relação com o plano de saúde da sua empresa.

Quero uma demonstração

Posts recomendados