Em um mercado profissional cada vez mais competitivo, os benefícios são ferramentas valiosas à disposição das empresas. Isso porque servem como um atrativo extra para conquistar e, também, para reter profissionais considerados valiosos.
Um pacote de opções adequadas pode funcionar como um imã para manter satisfeitos os talentos, evitando assim que eles corram em direção à concorrência.
Aqui, alguns podem questionar: em um país onde o IBGE registrou taxa de desemprego de 8,8% no primeiro trimestre de 2023, será que realmente é necessário se preocupar tanto com esse assunto? Mas acredite, motivos para reter os talentos não faltam!
Apesar do desemprego, algumas áreas ainda enfrentam dificuldade em conseguir mão de obra qualificada. Além disso, a alta rotatividade – também conhecida como turnover – prejudica o desempenho das equipes e gera custos para as empresas.
Por isso, os gestores precisam manter uma estratégia inteligente para garantir a permanência dos bons profissionais. Nesse contexto, os benefícios se transformam um trunfo valioso.
Quer saber mais sobre o assunto? Nesse texto você vai conhecer mais sobre:
- Qual a finalidade dos benefícios?
- O que é turnover?
- Possíveis causas para os desligamentos
- Importância e sugestões de benefícios
Qual a finalidade dos benefícios?
A legislação trabalhista brasileira estabelece uma série de benefícios obrigatórios, que funcionam como um complemento, ajudando a reduzir ou eliminar determinados gastos e, com isso, “blindar” o salário. Já outros atuam como uma forma de compensação.
Nessa lista de obrigatoriedades estão benefícios como:
- Vale-transporte;
- Hora extra;
- Adicional noturno;
- Décimo terceiro;
- Adicional de férias;
- Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Além desses obrigatórios, as companhas podem (e devem) ofertar outros benefícios complementares, como plano de saúde ou programa de previdência, entre diversas outras opções.
A finalidade da iniciativa é atrair e reter bons colaboradores, mantendo as equipes engajadas e comprometidas com o desenvolvimento da companhia. Além, é claro, de reduzir o turnover e evitar reforçar a concorrência.
O que é turnover?
Também conhecido como rotatividade, o turnover é o termo utilizado para expressas e medir exatamente a debandada de funcionários do quadro das empresas. A taxa funciona como um termômetro para os gestores e os departamentos de RH.
Segundo levantamento da Robert Half, o crescimento do turnover brasileiro foi apontado por 56% dos executivos entrevistados. A taxa é considerada bem elevada, superando a de países como França (51%) e Bélgica (45%).
Muitos especialistas acreditam que um turnover acima de 10% já aciona o sinal de alerta, exigindo uma análise por parte dos gestores para identificar os possíveis motivos.
Para calcular o índice, o primeiro passo é somar a quantidade de entrada e saída dos funcionários de um determinado período, dividindo na sequência o valor por dois. Agora, pegue o resultado e divida pela quantidade de colaboradores da companhia. Por fim, basta multiplicar o resultado encontrado por 100 para encontrar a porcentagem.
Exemplo: Em 1 ano, 40 funcionários saíram e 35 foram contratados em uma empresa que possui 200 colaboradores. Seguindo as fórmulas apresentadas, as contas ficam da seguinte forma:
Primeiro passo: 40 + 35 / 2 = 37,5
Segundo passo: 37,5 / 200 = 0,1875
Terceiro passo: 0,1875 x 100 = 18,75% (taxa de turnover)
Possíveis causas para os desligamentos
Como destacamos, a taxa de turnover é importante, mas os dados exigem uma análise. Afinal, nem todas as saídas da companhia ocorrem por desejo do colaborador. O cenário econômico e, também, as demissões substituições necessárias fazem parte da rotina de uma companhia.
No caso dos talentos perdidos ou não conquistados, porém, existem alguns fatores que podem estar relacionados. A competitividade do mercado é um dos critérios. Áreas como finanças e TI, por exemplo, necessitam de profissionais com qualificação elevada, o que aumenta a disputa pelos bons colaboradores.
Claro que o valor do salário oferecido contribui para formar a decisão do trabalhador. Entretanto, muitos apontam outros critérios para deixar a empresa. A ausência de uma política de benefícios costuma elevar a taxa de rotatividade. Na lista de motivos também aparecem outros problemas, como: plano de carreira ineficiente, ambiente de trabalho desagradável, falta de feedback, entre outros.
Importância e sugestões de benefícios
Como os gestores e os departamentos de RH e financeiro sabem, a alta rotatividade de funcionários gera transtornos para as empresas, comprometendo o desempenho e provocando gastos tanto com as dispensas quanto com as novas contratações.
Portanto, criar uma estratégia eficiente de benefícios é extremamente importante para conseguir reter os talentos e, também, mantê-los motivados. Afinal, essa ação auxilia muito no aumento da produtividade.
Mas quais benefícios extras possuem o poder de segurar e motivar os profissionais, evitando que corram para a concorrência? A lista de opções é grande. Entretanto, algumas sugestões são consideradas primordiais pelos trabalhadores. Confira algumas!
1 – Plano de saúde
Na lista de desejos dos profissionais, esse pode ser considerado o benefício campeão. Tanto que pesquisa da Robert Half demonstra que o plano de saúde ocupa a primeira colocação do ranking. O desafio, portanto, é ofertar uma assistência com qualidade, mas com valores justos. Nessa missão, a corretora de saúde se transforma no aliado da empresa para auxiliar nas negociações e, também, para encontrar o melhor caminho.
2 – Previdência
Como a preocupação com o futuro é constante, muitos valorizam empresas que oferecem um plano de previdência. Como o benefício exige acumular uma quantia por um tempo elevado, essa solução acaba garantindo a permanência do talento na empresa. Nesse caso, existem no mercado diversas soluções diferenciadas que se encaixam que se encaixam no perfil das empresas.
3 – Auxílio financeiro
Mesmo com o término da pandemia, muitas empresas optaram por manter o home office ou adotaram um modelo híbrido. Dessa forma, o auxílio financeiro se tornou um benefício atraente, pois ajuda a montar a estrutura para trabalhar em casa, ou contribui com o pagamento de contas, como um bom acesso à internet e luz.
4 – Academia
Adotar bons hábitos também faz parte da estratégia para preservar a saúde. Nessa busca pela qualidade de vida, os profissionais já entenderam a importância da prática da atividade física regular. Com isso, esse benefício também ganhou importância.
5 – Vale-cultura
Descontos em cinemas, teatros, shows também são benefícios valorizados por muitos profissionais. Afinal, o entretenimento também faz parte do dia a dia das pessoas, contribuindo para o bem-estar e o humor.
Claro que existem muitos outros benefícios à disposição das empresas. Essa foi apenas uma lista com as opções muitos desejadas pelos funcionários. Dessa forma, o gestor deve avaliar o perfil dos colaboradores e, com isso, encontrar o melhor pacote para atrair e reter os talentos na equipe.
Por fim, lembre-se que um bom pacote de benefícios precisa estar alinhado com a estratégia financeira da empresa. Por falar em dinheiro, que tal gerenciar de forma mais eficiente o orçamento do RH? Aproveite para baixar o e-book especial que preparamos sobre o assunto!
