No cenário corporativo atual, um bom salário não é mais o suficiente para atrair e reter talentos. Os colaboradores têm valorizado, cada vez mais, empresas que proporcionam maior qualidade de vida para sua família.
61% dos profissionais consideram mudar de empresa para ter acesso a um plano de saúde, segundo Pesquisa de Benefícios de Saúde e Bem-estar da Pipo, a escolha dos benefícios corporativos se tornou um diferencial estratégico.
Por isso, oferecer um bom pacote de benefícios, além de ser muito importante para os colaboradores, também é de grande impacto para as empresas, pois reduz os custos com Recrutamento e Seleção (R&S) e manter a companhia com profissionais mais qualificados.
No fim do blog de hoje, você compreenderá as diferenças entre os tipos de benefícios corporativos e como escolher os melhores para sua empresa, visando atrair e reter os profissionais mais qualificados do mercado.
#01 - Quais benefícios corporativos oferecer para os colaboradores?
Os benefícios corporativos são divididos em duas categorias principais: os obrigatórios, estabelecidos pela legislação trabalhista ou por acordos coletivos de trabalho, e os opcionais, que as empresas oferecem como diferencial estratégico.
Benefícios corporativos obrigatórios
Conforme declarado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos de São Paulo (ABRH-SP), os benefícios obrigatórios sempre vão estar em alta. É aconselhável oferecê-los independentemente das condições. Entre eles, podemos destacar:
➙ Vale alimentação (VA) ou refeição (VR)
O VA é um cartão pelo qual os colaboradores podem fazer compras em mercados, padarias e demais comércios de alimentos. O valor depende da média dos preços da cidade em que a empresa se encontra, mas não pode passar de 20% do salário.
O VR, regido pela Norma Regulamentadora 24, tem a mesma lógica, pois é um cartão com o qual os funcionários podem comprar alimentos. Mas, diferente de produtos, o vale-refeição só é aceito para refeições prontas, incluindo bebidas alcoólicas.
➙ Vale Transporte (VT)
O VT é regulamentado pela Lei excedente 7.619/87 e é aplicado a todo tipo de trabalhador, mesmo o temporário. O benefício pode ser descontado em até 6% da folha de pagamento para que o colaborador o utilize.
➙ Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)
O FGTS é um fundo, criado na Caixa Econômica, que foi proposto para ajudar os funcionários que fossem demitidos sem justa causa. A lei determina que, mensalmente, deve ser direcionado 8% do salário do colaborador para ser depositado nesse fundo.
O dinheiro fica guardado no banco e as quantias podem ser retiradas em ocasiões específicas, como no saque-aniversário.
➙ Férias remuneradas
Todo trabalhador registrado tem direito a 30 dias de férias por ano. Mas essa quantidade pode ser “parcelada”, por exemplo: o trabalhador pode tirar 10 dias de férias no meio do ano e mais 20 no final do ano.
➙ Décimo terceiro salário
O benefício, também conhecido como gratificação de Natal, foi instituído pela Lei 4.090/2 e é uma espécie de adicional no valor de 1/12 da remuneração mensal do trabalhador.
Na prática, o 13º é um reajuste salarial, já que temos meses com 5 semanas, mas os salários são calculados com base em 4. Daí a necessidade de compensar esse excedente.
Benefícios corporativos opcionais
Os benefícios opcionais, comumente, são discutidos ano a ano, junto com o sindicato da categoria profissional.
Embora não tenham respaldo na lei, se não forem cumpridos, podem levar a empresa a cumprir sanções e até ações judiciais. Fique por dentro:
➙ Plano de saúde
Especialmente por causa da pandemia, muitas empresas decidiram aprimorar o seu pacote de benefícios corporativos, sobretudo o de assistência à saúde.
A vantagem de ter uma corretora, como a Pipo Saúde, é a possibilidade de contar com um suporte especializado para a análise de métricas do plano, além de outras vantagens, como ter uma plataforma de gestão e uma parceria com profissionais de saúde.
Essa ajuda faz toda a diferença para a concretização de um RH estratégico, que reduz custos com a gestão de pessoas e aumenta a satisfação dos colaboradores.
➙ Plano odontológico
Os procedimentos odontológicos não são considerados baratos pela maioria dos funcionários. Mas quando a empresa oferece um plano, no qual os valores são negociados com a corretora, o serviço se torna bem mais acessível para eles.
O plano odontológico está entre os cinco benefícios mais procurados pelos colaboradores.
➙ Vale cultura
A cultura faz parte do Homo sapiens, por isso incentivá-la também faz bem. Normalmente, esse benefício é de R$ 50 por mês e só pode ser utilizado pelos colaboradores para o engrandecimento cultural: aquisição de livros, filmes, ingressos para festivais etc.
➙ Auxílio home office
Há diversas formas de ajudar os colaboradores em home office com benefícios, como fornecer equipamentos eletrônicos (ou emprestá-los), pagar um vale-internet, enviar presentes pelos correios, como cestas e canecas, entre outros. Algumas empresas optam por um valor mensal fixo como ajuda de custo, dessa forma, a pessoa colaboradora pode entender a melhor utilização na sua rotina.
Mas cabe aqui uma observação: o modelo home office, em si, não é um benefício. É um método de trabalho. O benefício é justamente como a empresa ajuda no trabalho em casa, que ocorre com a ajuda dos custos extras com a internet e a energia, por exemplo.
➙ Benefício de bem-estar físico
Realizar exercícios físicos, na maioria dos casos, depende bastante da motivação que uma pessoa recebe de outras pessoas e/ou do ambiente.
Ou você vai negar que, normalmente, ir para a academia com alguém é mais fácil do que ir por conta própria? É a mesma coisa com os colaboradores.
Implementar um benefício que envolva ginástica laboral ou desconto na academia, por exemplo, também é uma forma de auxiliar os profissionais no combate ao sedentarismo.
➙ Auxílio creche
A Constituição Federal considera o auxílio creche como um direito de toda pessoa colaboradora que tem um bebê de até 6 meses — portanto, uma obrigação do empregador.
Trata-se de uma quantia destinada ao pagamento de uma creche, assim, os pais não precisam deixar de ir trabalhar por não ter alguém para cuidar da criança. Mas, a regra diz que caso a empresa tenha menos de 30 mulheres no quadro de funcionários, o benefício passa a ser opcional.
Importante: há casos nos quais esse benefício também pode ser aplicado a casais do espectro LGBT. É esperado que as empresas reconheçam o direito, devido ao costume judiciário, mas não existe, ainda, uma legislação específica que cuide do assunto.
➙ Participação nos Lucros ou Resultados (PLR)
A participação nos lucros é um benefício que consiste no pagamento de uma espécie de bônus pelos resultados que uma empresa alcança em determinado período.
A PLR só tem caráter obrigatório se houver a estipulação prévia do programa com os seus empregados, todavia muitas convenções coletivas preveem esse pagamento.
A prestação de contas geralmente é feita também para os sindicatos; se for comprovado que não há lucro, não haverá pagamento de PLR.
Passo a passo para uma boa gestão de benefícios corporativos
Depois de ler sobre mais de 10 benefícios corporativos diferentes e que trazem resultados positivos para a empresa, você provavelmente notou que pode levar um certo esforço para gerenciá-los, não é mesmo?
Aquilo que gera retorno também traz um esforço por trás. Além do mais, temos o fator complexidade envolvido.
Desde 1997, Thomas Flannery, autor de “Pessoas, Desempenho e Salários”, e outros teóricos já afirmaram que os programas de benefícios não só têm seu custo e um papel crescente nas empresas, como os serviços que eles oferecem também evoluem.
Quando pensamos no benefício de assistência à saúde, por exemplo, ainda sob influência da pandemia, a telemedicina ganhou bastante força. Isso ilustra essa evolução que Flannery mencionou. Dito isso, acompanhe as etapas mais importantes ao fazer uma boa gestão de benefícios.
#1 Faça uma pesquisa interna
Quando queremos saber algo, perguntamos. É um princípio básico.
Essa pesquisa pode ser feita por um questionário, que pode ser online, e deve questionar quais benefícios os colaboradores mais utilizam, quais eles gostariam de ter, mas não encontram disponíveis, como as vantagens os ajudam no dia a dia, etc.
Tente deixar cada pergunta o mais simples e objetiva possível, com alternativas, e assegure o anonimato do respondente.
O estudo dos perfis comportamentais é uma outra forma de incrementar essa etapa. Que tipo de benefícios um colaborador com perfil de liderança prefere? Será que são os mesmos que um profissional mais analista procura?
#2 Crie uma política de benefícios corporativos clara
Agora que o plano de benefícios está começando a ganhar forma, é importante deixar bastante claro todas as regras e detalhes envolvidos. Ofereça também uma forma dos trabalhadores tirarem as suas dúvidas a respeito dos serviços.
Procure oferecer as vantagens que funcionam para a maioria dos colaboradores — já que a fase da pesquisa interna foi concluída — e deixar evidente quais benefícios são obrigatórios e quais são opcionais e/ou flexíveis.
#3 Leve em consideração o que já está sendo aplicado no mercado
Pode ser uma boa ideia investir no que é ponto fraco na concorrência e, ao mesmo tempo, estudar o que tem funcionado — como é o caso do auxílio home-office e dos cuidados de saúde mental.
#4 Realize estudos de viabilidade
Tendo um esboço do programa de benefícios, é importanteavaliar a viabilidade dele e projetar como será o seu desempenho no curto, médio e longo prazo.
No estudo, inclua uma análise aprofundada da cesta de benefícios, dos custos e riscos envolvidos e o quanto eles podem ser valorizados pelos colaboradores.
#5 Flexibilize a oferta com base no perfil da sua equipe
A liberdade de escolha nos benefícios se tornou um fator importantíssimo para atrair e reter talentos.
De acordo com a "Pesquisa de benefícios 2024: edição de colaboradores", da Pipo Saúde, apenas 52% dos profissionais possuem algum nível de flexibilidade na escolha dos benefícios que melhor se adaptam ao seu perfil.
A pesquisa revela que 84,5% dos colaboradores desejam ter a liberdade de personalizar seus benefícios, e esse número é ainda maior entre os profissionais de tecnologia (86%).
Implementar uma cultura de diálogo aberto, onde os colaboradores possam expressar suas preferências e necessidades, é fundamental.
Ao oferecer um pacote de benefícios flexível e adaptado aos diferentes perfis da sua equipe, você demonstra que se importa com o bem-estar individual e cria um ambiente de trabalho mais engajador e satisfatório.
#6 Reavalie periodicamente os benefícios corporativos ofertados
Um plano de benefícios que funciona perfeitamente hoje, pode muito bem não funcionar amanhã. A pandemia mostrou isso na prática. Muitos colaboradores passaram a enxergar menos valor no vale-transporte, por exemplo, pois foram realocados para o modelo remoto, enquanto o plano de saúde se tornou protagonista.
Dessa maneira, a pesquisa interna pode ser feita novamente de tempos em tempos para detectar de forma ágil se os funcionários mudaram as suas percepções sobre os benefícios corporativos oferecidos.
#7 Contrate plataformas especializadas na gestão de benefícios corporativos
O RH não vive só de gerenciamento de benefícios, não é mesmo?
Existem outras atividades mais específicas do departamento e que não podem ser deixadas de lado. Em função disso, contratar uma plataforma especializada pode resolver esse e outros problemas. Ela tem funcionalidades como estas:
- Integrar todos os benefícios em um só lugar, seja obrigatórios, opcionais ou flexíveis;
- Analisar os dados de utilização dos benefícios;
- Orientar diretamente os colaboradores sobre os serviços;
- Reduzir a possibilidade de erros humanos;
- Automatizar tarefas.
No caso dos benefícios de saúde, ter uma corretora com uma plataforma própria de gestão de benefícios, como a Pipo, pode ser um diferencial.
Conclusão
Os benefícios corporativos são ferramentas estratégicas para uma empresa. Uma gestão eficiente desses benefícios demanda um planejamento cuidadoso, desde a escolha das opções obrigatórias até a seleção dos diferenciais competitivos.
As empresas que adotam uma abordagem estruturada na gestão de benefícios corporativos, considerando as necessidades dos colaboradores e as tendências do mercado, conseguem criar programas mais efetivos.
O resultado aparece na forma de maior satisfação da equipe e menor turnover de funcionários.
Se você precisa de ajuda para gerenciar os benefícios da sua empresa de forma simples e digital, a Pipo pode te ajudar. Somos uma corretora de saúde que simplifica as tarefas burocráticas e facilita o acesso à saúde para os seus funcionários, economizando tempo e orçamento do time de RH.
Escolha o plano de saúde, mental, odontológico ou seguro de vida ideais para a sua empresa e faça toda a gestão por uma plataforma 100% digital.
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